quarta-feira, 28 de março de 2012


Gestão de pessoas ou gestão de vidas?

A arte na gestão de pessoas é discutida há anos, as publicações e estudos acerca do tema são incontáveis, mas quando tentamos achar um denominador comum ou uma fórmula para todas as estratégias e métodos que nos apresentam o cenário não é tão preciso ou fácil de ser interpretado. Porém existe um ‘norte’ na maneira de se tratar o tema.
 

As empresas perceberam que as pessoas constituem o elemento do seu sistema nervoso que introduz inteligência nos negócios e racionalidade nas decisões. De nada serve a tecnologia e os investimentos financeiros para o desenvolvimento de novos produtos se a empresa não puder contar com pessoas inovadoras e criativas para conduzir todo este processo, e  isso só é possível criando condições de trabalho que estimulem o seu potencial.
 

O gestor deve ter consciência que cada indivíduo tem as suas aspirações pessoais, distintas uns dos outros, possuindo, portanto, motivações diferentes. Assim, é verdade que se pode encontrar no mesmo sector algumas pessoas que desejem ser o vice-presidente, director de marketing, director de vendas etc. Porém, em contrapartida, existe aquela pessoa que o seu maior êxito é continuar na função actual, sentindo a segurança necessária para poder projectar os seus planos, baseado na confiança que ele tem na empresa. Para essa pessoa, a realização pode ser a execução de actividades rotineiras, visto que não é a busca de crescimento profissional que esse perfil de funcionário pretende, mas sim a estabilidade que a empresa oferece. Nesses casos o auto-interesse é a força-motriz.
 

Então, é na maneira de extrair os sonhos e metas dos colaboradores, que se encontra uma das chaves para alocar a cada indivíduo uma função que lhe proporcione satisfação. Como consequência, tem-se excelência nos resultados. O objectivo básico de todas as organizações é atender às suas próprias necessidades. Já as pessoas formam uma organização ou relacionam-se com algumas porque esperam que sua participação satisfaça algumas das suas necessidades pessoais. Este é o caminho para a motivação.
 

A satisfação pessoal dos colaboradores tende a reflectir-se nos clientes, exteriorizando um trabalho bem feito não apenas pela obrigação da função, mas reflectindo o prazer do próprio indivíduo em realizá-lo. A gestão adequada da vida de seres humanos no trabalho, na maneira como eles ganham a vida, pode melhorá-los e melhorar o mundo, e, nesse sentido, pode ser uma técnica utópica ou revolucionária.


A rotina no trabalho e as suas condições tendem a não somente proporcionar condições de vida melhor às pessoas, mas também a trazer algo mais à sociedade como um todo. Trata-se de observar a satisfação do próprio empregado e procurar reduzir a distância entre gestores e colaboradores. É estabelecer uma atmosfera na qual não há limites na comunicação.

É necessário escutar e estar em constante observação nas mudanças comportamentais, usando mecanismos e ferramentas que ajudem a ter uma visão clara das condições de trabalho e do ambiente dentro da empresa. Só assim será possível gerir mais que pessoas, mas sim MOTIVAR VIDAS.

Vale a pena pensar nisto....

Obrigado, e bom trabalho!

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